Em evento realizado na Universidade de Harvard,
nos EUA, a ex-candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, criticou
indiretamente o movimento pró-impeachment que ocorre no Brasil desde as
eleições, em outubro passado. Ela afirmou que “as pessoas devem ter maturidade
com suas escolhas” e que governo “não é como uma camisa que se troca todo dia”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em evento fechado com os alunos da universidade,
Marina também falou sobre o “grave problema com a corrupção” vivido pelo país.
Para a ex-ministra, “a corrupção não é um problema da Dilma, do Lula, do
Fernando Henrique, nem do Collor, nem do Sarney. É um problema nosso (da
sociedade)”, e “enquanto se achar que o problema é deles, vamos continuar tendo
esse problema”.
Questionada sobre temas como os protestos contra
a presidente Dilma Rousseff (PT) e a Operação Lava Jato, Marina preferiu não se
manifestar diretamente. Segundo a matéria do Estadão, ela estaria “ouvindo
muitas pessoas e conversando com políticos, acadêmicos, jovens, mulheres e
comunidades” sobre esses assuntos.
Marina foi homenageada em Harvard em uma
exposição fotográfica chamada “Inspiring Change, Inspiring Us” (Inspirando
mudanças, inspirando todos nós). As homenageadas foram escolhidas por um grupo
de alunos, professores e autoridades.
A biografia de Marina feita pelos organizadores
fala da dedicação dela às causas de justiça social, contra o desmatamento e
preservação do meio ambiente. Também fala de sua luta contra a expulsão de
comunidades indígenas de suas terras.
Impeachment
via Miami
Reduto de brasileiros, a cidade de Miami, nos
Estados Unidos, foi o local que registrou maior percentual de votos no
candidato Aécio Neves (PSDB) nas eleições de 2014 para a presidência da
República. Nenhum município no Brasil superou a marca de 91,79% de votos
válidos para o tucano, contra 8,21% de Dilma Rousseff.
Decepcionado com a vitória da petista, um grupo
de brasileiros que vive na cidade norte-americana organiza para o próximo
domingo (15) um protesto a favor do impeachment, fazendo coro com outras manifestações
que ocorrerão no mesmo dia. A convocação está sendo feita pelas redes sociais e
tem cerca de 450 pessoas confirmadas. Além das pautas usuais dos manifestantes,
como o fim da corrupção, a alta do dólar tem sido uma reclamação constante.
informações de ABr, Agência Estado e Revista Fórum