Não deu para segurar. A histórica desavença entre o vice-governador de Pernambuco, João Lyra, e o prefeito de Caruaru, José Queiroz, não resistirá a 2013.
O vice prepara-se para deixar o PDT, presidido no estado pelo prefeito. Vai se filiar ao PSB.
As conversas com o governador Eduardo Campos, presidente nacional da legenda, já aconteceram.
Teme que se associe sua ida para o PSB a desentendimentos entre o PDT e o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Explica-se: o ex-marido da presidente, Carlos Araújo, briga pela diração nacional do PDT e já teria usado sua influência para enfraquecer o comandante da legenda, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi.
Nos bastidores do governo de Pernambuco, o que se comenta é que Lyra, assim como outros integrantes do PDT, discorda da conduta de Queiroz na presidência do partido.
O vice, aliás, vem demonstrando sua insatisfação desde 2011. Lá ele já se queixava publicamente da falta de diálogo no partido.
Ao longo da campanha de reeleição de Queiroz este ano ele voltou criticar o aliado. Por diversas vezes fez gestos e deu indícios de que não respaldava a postulação do prefeito.
Pois bem. Lyra concluiu que não dá mais. Teria se cansado de militar no PDT e não quer mais tratar de assunto algum relacionado ao partido.
O PSB, claro já abriu as portas para ele.
Assim, quando Eduardo deixar o governo para tocar sua candidatura – à presidência da República, à vice-presidência ou ao Senado – o PSB não perderá o “trono” no Palácio do Campo da Princesas.
No PSB, Lyra estará em casa. Sua filha Raquel Lyra é deputada estadual pela legenda.
Relembre, no post abaixo, informações de 2011 sobre a falta de sintonia entre o vice e o prefeito: