Dizer isso, para abrir o diálogo sobre a importância do debate, tendo como um dos pontos centrais as sínteses que produzimos coletivamente. De qualquer forma, trata-se de colocar sob destaque pontos que estejam iluminados pela reflexão, e assim retirá-los do isolamento para que somem-se ao conjunto de outros fatos, possibilitando análise, e não a repetição do discurso pontual, apoteótico ou moderno, que pretende ser convincente.
Dessa forma, pretendemos contribuir na reconstituição de sua trajetória, identificando as dificuldades e limites, assim como a sua enorme contribuição para a redemocratização do país e mais recentemente, após as últimas eleições, a possibilidade de aplicar políticas públicas mais justas, que sem dúvida é parte de uma síntese importante do partido, e conseqüentemente da própria sociedade brasileira.
Essa idéia não se propõe a apresentar uma “verdade” dogmática e desconsiderar qualquer outra vertente de análise, que se colocam para apreciação da militância do partido. Trata-se antes de tudo contribuir na reconstituição da nossa caminhada coletiva, buscando recuperar o fio condutor dos elementos que produziram e produzem a nossa própria história.
Assim, resgatando a leitura de vários autores, como Marx, Engels e Lênin, onde este último afirma que: “o partido não é uma forma de organização entre outras, sindicais ou associativas, mas a forma específica sob a qual a luta de classes se inscreve no campo político”.
Com essa afirmação, notadamente demarca com mais precisão o papel central que assume um partido político de esquerda, que se proponha a transformar aspectos que sejam visíveis, como a economia, mas que também se coloque para disputar qualificadamente as idéias, no campo mais sensível da natureza humana, pois é nela que formam-se os conceitos, ou melhor dizendo, são elas, as idéias, que produzem objetivamente as condições de liberdade, mesmo que apresentem-se, por vezes, absolutamente subjetivas.
O partido, deve assumir um papel que destaca-se das outras formas de organização, sem contudo, secundarizar, minimizar a necessidade ou a capacidade que os movimentos da sociedade devam desempenhar.
Não é diferente do próprio desenho da gênese, do DNA do PT, que acaba sendo a expressão das lutas que muitos e muitas militantes faziam nas fábricas na década de 80, ou nas associações de moradores na luta pela moradia, das mulheres que organizavam-se contra a carestia, ou a Comunidades Eclesiais de Base, que serviam como abrigo entre o período também duro do pós ditadura militar, quando a sociedade ainda redemocratizava-se.
Assim, precisamos constituir a superação desse momento de estagnação, não nos apoiando em programas que sejam parciais, ou apenas eleitorais. Precisamos de um programa que capacite o PT para enfrentar cenários e ambientes que podem ser mais interessantes, principalmente se ousarmos, utilizando a capacidade de transformar a tarefa, em uma tarefa de todo o partido, na construção do Socialismo.
Sou candidato a vereador em Caruaru-PE nº 13213
Por um poder legislativo com mais participação dos movimentos sociais!
#VamosCantarJuntos