sexta-feira, 23 de março de 2012
Presídio Serrotão tem rebelião de presos e 60 serão transferidos
Devido a uma rebelião de presos ocorrida na Penitenciária Regional de Campina Grande (Serrotão), nesta sexta-feira (23), a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), por medidas de segurança, vai transferir 60 detentos para unidade prisionais nas cidades de João Pessoa, Santa Rita e Catolé do Rocha.
O motim começou em um dos pavilhões, devido a um desentendimento entre presos, e acabou se alastrando por outras alas, causando atrito entre grupos rivais e se transformando numa rebelião. Assim que começou o levante, segundo o secretário da Seap, Harrison Targino, o Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Gpoe) foi designado para contê-lo. "Sob o comando do tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, que é gerente executivo de Sistema Penitenciário do Estado, e em ação conjunta com a Polícia Militar, o protocolo de intervenção foi acionado e o motim, contido”, disse.
Ele explicou que esse protocolo consiste em algumas ações que a Polícia Militar, sob o comando da Seap, deve seguir. Para o ingresso de tropa de PM em presídios, juntamente com o grupo tático da Secretaria, deve-se chamar para a intervenção um representante da sociedade civil – seja do Conselho Estadual de Direitos Humanos, seja da Pastoral Carcerária. Só então é autorizado o ingresso da Polícia. "O grupo fez revistas e detectou danos materiais imensos, lamentáveis em todos os aspectos, como queima de colchões, quebra de grades, tentativa de quebra de paredes, enfim, danos à estrutura física”, relatou Targino.
Todos os presos foram retirados das alas e foi realizada uma vistoria focada, pavilhão a pavilhão. Em face dos danos provocados, a Seap afirmou que o presídio não deve permanecer com a atual quantidade de presos. A transferência está sendo realizada sob supervisão da Gerência Executiva do Sistema Penitenciário do Estado (Gesipe) até o início da noite desta sexta-feira (23).
Nesta intervenção, a Seap contou com a colaboração do Juiz da Vara de Execução Penal de Campina Grande, Alexandre Trineto; dos juízes de Catolé do Rocha, Santa Rita e João Pessoa, além do Ministério Público de cada uma dessas comarcas; do tenente-coronel Sousa Neto (PM-PB); da Pastoral Carcerária; e de agentes penitenciários, grupo tático e coordenação da Gesipe.
Fonte: Secom-PB
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