sábado, 14 de março de 2015

Swissleaks: Empresários da mídia e jornalistas aparecem na lista do HSBC


Entre 2006 e 2007, Octavio Frias de Oliveira, do Grupo Folha, João Jorge Saad, da Bandeirantes, e a viúva de Roberto Marinho, da Globo, tinham registro de contas na Suíça
 
Ao menos 22 empresários da mídia ou parentes e sete jornalistas estão entre os mais de 8 mil brasileiros que mantinham contas no HSBC da Suíça em 2006 e 2007. Na lista do HSBC, vazada por um ex-funcionário do banco, constam os nomes dos fundadores das Organizações Globo, Roberto Marinho, e da Bandeirantes, João Jorge Saad, além do empresário Octavio Frias de Oliveira, antigo proprietário do Grupo Folha.
A apuração foi conduzida pelo jornalista do UOL Fernando Rodrigues, que detém o controle no País sobre o material, e o jornal O Globo.
Segundo a apuração, Lyly de Carvalho, viúva de Marinho e de Horácio de Carvaho, antigo proprietário do Diário Carioca, tinha 750,2 mil dólares em uma conta no HSBC suíço. O nome de Lyly, afirma Rodrigues, surge nos documentos com o sobrenome de Horácio, seu primeiro marido, e o representante legal da conta é a Fundação Horácio de Carvalho Jr. A viúva de Marinho morreu em 2011.
Nos documentos, constam ainda os nomes de proprietários de três proprietários do Grupo Folha. Frias (1912-2007) teve uma conta conjunta com o sócio Carlos Caldeira Filho (1913-1993), criada em 1990. Luiz Frias, atual presidente da Folha de S.Paulo e do Uol, aparece como beneficiário da mesma conta. Os arquivos, relativos ao biênio 2006/2007, comprovam que os empresários foram correntistas na Suíça, embora não mantivessem valores em suas contas à época.
Ainda segundo as reportagens de Uol e O Globo, quatro integrantes da família Saad, dona da Rede Bandeirantes, mantinham contas no país europeu. Além do fundador, estão na lista Maria Helena Saad Barros, Ricarco Saad e Silvia Saad Jafet. As contas também estavam zeradas no período.
Além de empresários, a lista traz os jornalistas Arnaldo Bloch, de O Globo, José Roberto Guzzo, da Editora Abril, Mona Dorf, apresentadora da rádio Jovem Pan, Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines. Os registros dos dois primeiros indicam contas zeradas e encerradas. Dorf registrava um saldo de 310,6 mil dólares entre 2006 e 2007. Os jornalistas da família Dines compartilhavam um conta com um depósito de 1,395 milhão.
Conhecido como Swissleaks, a divulgação das informações vazadas tem sido conduzidas pelo Consórcio Internacional de Jornalista Investigativso (ICIJ), do qual Rodrigues é representante no Brasil. Além de nomes da mídia, Rodrigues relevara a presença na lista de investigados na Operação Lava-Jato, entre eles Fernando Barusco e oito integrantes da família Queiroz Galvão, e de 31 pessoas ligadas à direção de empresas de ônibus no Rio de Janeiro.
Possuir uma conta na Suíça, um popular paraíso fiscal, não é crime, mas é obrigatório declarar o dinheiro à Receita para que a quantias sejam tributadas. Ao sonegar os valores, o cidadão comete crime de evasão de divisas e pode pegar de dois a seis anos de prisão.
O Grupo Globo e o Grupo Bandeirantes preferiram não comentar as reportagens. O Grupo Folha e a família de Octavio Frias de Oliveira informam "não ter registro da referida conta bancária e manifestam sua convicção de que, se ela existiu, era regular e conforme à lei".
O jornalista Guzzo disse que "nunca teve uma conta no HSBC da Suíca, seja no período de 1990 a 1995, seja em qualquer outra época." A família Dines informou que três dos quatros filhos de Alberto Dines "moram fora do Brasil há pelo menos 30 anos" e, por essa razão, não declaram imposto de renda no País. Dorf não foi encontrada pelas reportagens.
Fonte: Carta Capital

Boa Viagem recebe protestos contra Dilma neste domingo

Três manifestações, duas de manhã e uma à tarde, reúnem grupos de insatisfeitos com a presidente; a pauta de reivindicações vai do fim da corrupção até intervenção militar, passando pelo impeachment

A Avenida Boa Viagem, tradicional reduto de lazer e praia nos fins de semana, vai receber uma movimentação diferente do habitual neste domingo. Em vez do descanso, grupos de eleitores insatisfeitos com o governo da presidente reeleita Dilma Rousseff escolheram protestar contra o seu segundo mandato. Três atos estão programados para a capital pernambucana, todos com concentração na Padaria Boa Viagem: o primeiro começa às 9h, o segundo, às 9h30, e o terceiro às 15h. As manifestações no Recife fazem parte de uma rede de protestos orquestrados País afora. 

O primeiro deles foi convocado pela internet e tem como mote o pedido de impeachment da presidente, eleita em outubro de 2014 com 54.501.118 votos. A passeata vai até o Segundo Jardim de Boa Viagem e conta com mais de 22 mil confirmações de presença no Facebook. 

Já o segundo protesto defende uma pauta mais difusa: a democracia, o fim da corrupção, a ética na política e um "estado eficiente e desinchado", segundo a página dos organizadores no Facebook, intitulada Vem Pra Rua. Os organizadores também articularam protestos em cidades do exterior, como Nova Iorque, Lisboa e Londres. 

O terceiro protesto, por sua vez, defende não só o impeachment de Dilma como a volta da intervenção militar no país, que ocorreu entre 1964 e 1985. A passeata chamada de "Nação Indignada, Vem pra Rua Pernambuco", é coordenada pelo grupo Direita Pernambuco e, até agora, 2,1 mil pessoas confirmaram presença. A ideia é que quem apareça vista verde e amarelo e tenha as caras pintadas.

Fonte: Diario de Pernambuco

Empresários da mídia e jornalistas aparecem na lista do HSBC

Entre 2006 e 2007, Octavio Frias de Oliveira, do Grupo Folha, João Jorge Saad, da Bandeirantes, e a viúva de Roberto Marinho, da Globo, tinham registro de contas na Suíça


Ao menos 22 empresários da mídia ou parentes e sete jornalistas estão entre os mais de 8 mil brasileiros que mantinham contas no HSBC da Suíça em 2006 e 2007. Na lista do HSBC, vazada por um ex-funcionário do banco, constam os nomes dos fundadores das Organizações Globo, Roberto Marinho, e da Bandeirantes, João Jorge Saad, além do empresário Octavio Frias de Oliveira, antigo proprietário do Grupo Folha.

A apuração foi conduzida pelo jornalista do UOL Fernando Rodrigues, que detém o controle no País sobre o material, e o jornal O Globo.
Segundo a apuração, Lyly de Carvalho, viúva de Marinho e de Horácio de Carvaho, antigo proprietário do Diário Carioca, tinha 750,2 mil dólares em uma conta no HSBC suíço. O nome de Lyly, afirma Rodrigues, surge nos documentos com o sobrenome de Horácio, seu primeiro marido, e o representante legal da conta é a Fundação Horácio de Carvalho Jr. A viúva de Marinho morreu em 2011.
Nos documentos, constam ainda os nomes de proprietários de três proprietários do Grupo Folha. Frias (1912-2007) teve uma conta conjunta com o sócio Carlos Caldeira Filho (1913-1993), criada em 1990. Luiz Frias, atual presidente da Folha de S.Paulo e do Uol, aparece como beneficiário da mesma conta. Os arquivos, relativos ao biênio 2006/2007, comprovam que os empresários foram correntistas na Suíça, embora não mantivessem valores em suas contas à época.
Ainda segundo as reportagens de Uol e O Globo, quatro integrantes da família Saad, dona da Rede Bandeirantes, mantinham contas no país europeu. Além do fundador, estão na lista Maria Helena Saad Barros, Ricarco Saad e Silvia Saad Jafet. As contas também estavam zeradas no período.
Além de empresários, a lista traz os jornalistas Arnaldo Bloch, de O Globo, José Roberto Guzzo, da Editora Abril, Mona Dorf, apresentadora da rádio Jovem Pan, Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines. Os registros dos dois primeiros indicam contas zeradas e encerradas. Dorf registrava um saldo de 310,6 mil dólares entre 2006 e 2007. Os jornalistas da família Dines compartilhavam um conta com um depósito de 1,395 milhão.
Conhecido como Swissleaks, a divulgação das informações vazadas tem sido conduzidas pelo Consórcio Internacional de Jornalista Investigativso (ICIJ), do qual Rodrigues é representante no Brasil. Além de nomes da mídia, Rodrigues relevara a presença na lista de investigados na Operação Lava-Jato, entre eles Fernando Barusco e oito integrantes da família Queiroz Galvão, e de 31 pessoas ligadas à direção de empresas de ônibus no Rio de Janeiro.
Possuir uma conta na Suíça, um popular paraíso fiscal, não é crime, mas é obrigatório declarar o dinheiro à Receita para que a quantias sejam tributadas. Ao sonegar os valores, o cidadão comete crime de evasão de divisas e pode pegar de dois a seis anos de prisão.
O Grupo Globo e o Grupo Bandeirantes preferiram não comentar as reportagens. O Grupo Folha e a família de Octavio Frias de Oliveira informam "não ter registro da referida conta bancária e manifestam sua convicção de que, se ela existiu, era regular e conforme à lei".
O jornalista Guzzo disse que "nunca teve uma conta no HSBC da Suíca, seja no período de 1990 a 1995, seja em qualquer outra época." A família Dines informou que três dos quatros filhos de Alberto Dines "moram fora do Brasil há pelo menos 30 anos" e, por essa razão, não declaram imposto de renda no País. Dorf não foi encontrada pelas reportagens.
Fonte: Carta Capital

Papa anuncia jubileu extraordinário para lembrar Concílio Vaticano II

O evento ganha importância especial porque exige que a instituição prossiga com as reformas, apesar das fortes resistências internas que encontra

AFP - Agence France-Presse



O papa Francisco anunciou nesta sexta-feira, por ocasião de seu segundo ano de pontificado, um jubileu extraordinário ou Ano Santo para lembrar os 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, que modernizou a Igreja, um sinal de seu desejo de reformar a Igreja.

O "Ano Santo Extraordinário" será celebrado de 8 de dezembro a 20 de novembro de 2016 e será dedicado à misericórdia, ou seja, ao perdão de Deus, tema chave de seu pontificado.

O evento, entre os mais solenes da Igreja Católica, foi anunciado pelo pontífice na basílica de São Pedro e ganha importância especial porque exige que a instituição prossiga com as reformas, apesar das fortes resistências internas que encontra.

"Deus perdoa tudo e sempre", lembrou o pontífice, durante o anúncio, que foi recebido com aplausos.

Durante o jubileu de 2000/2001, decretado por João Paulo II, cerca de 30 milhões de peregrinos visitaram Roma.

Ao longo da história foram celebrados 26 Anos Santos.

No século XX, foram proclamados dois jubileus extraordinários: em 1933 e em 1983.

Segundo a tradição, o Ano Santo é um tempo em que a Igreja concede indulgências aos fiéis que cumprem determinadas condições e se inspira no ano jubilar dos israelitas no Antigo Testamento.

O jubileu comum ocorre a cada 25 anos.

O Ano Santo começará com a abertura oficial da chamada Porta Santa, um rito especial marcado pela destruição com um martelo do muro com que costuma se costuma vedar a porta lateral das basílicas.

O último jubileu foi celebrado por João Paulo II no ano 2000.

A porta só é aberta nesta ocasião e os fiéis devem atravessá-la para obter a indulgência plena.

"Tenho pensado com frequência em como a Igreja pode tornar mais evidente sua missão de ser testemunho da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversa espiritual. Por isso, decidi convocar um jubileu extraordinário que tenha no centro a misericórdia de Deus", explicou o Papa.

Além da porta da Basílica de São Pedro, serão abertas as das basílicas de São João de Latrão, São Paulo Extramuros e Santa Maria Maior.

O rito de abertura expressa simbolicamente o conceito de que, durante o tempo jubilar, se oferece aos fiéis uma "via extraordinária" para a salvação, explicaram fontes religiosas.

A Igreja iniciou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII no ano 1300, que previu a realização de um jubileu a cada século.

Uma Igreja dividida


"Todos devemos consolar todo homem e toda mulher", disse o Papa, que decidiu iniciar o jubileu no dia em que se encerrou o Concílio Vaticano II, em 8 de dezembro de 1965.

Meio século depois desta importante assembleia que modernizou a Igreja, a instituição está novamente dividida diante de temas cruciais: o uso do preservativo, o celibato obrigatório, o casamento de homossexuais, sacramentos aos divorciados e sacerdócio feminino.

Algum destes temas serão abordados em outubro durante o Sínodo da Família e o êxito dessa assembleia de bispos do mundo todo, que o Papa preparara meticulosamente, será cheio de desafios.

A vontade reformista de Francisco suscita sérios conflitos entre os hierarcas do Vaticano, alguns dos quais esperam "olhando o relógio" para que seu pontificado termine, segundo comentou à AFP o vaticanista Marco Politi, autor do livro "Francisco entre os lobos".

O Papa tem pressa

A decisão de anunciar um jubileu extraordinário apenas dois anos depois de sua eleição, em 2013, também reflete uma espécie de pressa de Francisco por acelerar sua missão.

"Eu tenho a sensação de que o meu pontificado será breve. Quatro ou cinco anos. Não sei, ou dois, três. Bom, já passaram dois", admitiu em entrevista à televisão mexicana.

Na mesma entrevista, Francisco reiterou que está empenhado em mudar a Cúria romana, a máquina central, para que deixe de ser uma "corte" e se transforme em "um grupo de trabalho", mas admitiu que as expectativas de mudança dentro da família "são desmedidas".