Passeatas e atos públicos foram convocados pelo MST, pela UNE e pela Central Única dos Trabalhadores, entre outras entidades.
As passeatas e atos públicos começaram de manhã em 14 cidades do país. Logo cedo, manifestantes tomaram as ruas do Recife. Segundo a PM, eram 1,5 mil. A CUT contou 3 mil. No caminho, a bandeira de Dilma e a do Brasil estavam lado a lado na janela de um prédio.
A defesa da Petrobras, do governo Dilma e da democracia foram bandeiras comuns à maioria dos manifestantes. Mas teve outras reinvindicações. A CUT, saiu em defesa da classe trabalhadora, pedindo que a presidente Dilma retire as medidas provisórias que mexem em direitos trabalhistas, como o seguro desemprego e a pensão por morte.
Uma faixa contra as Medidas Provisórias estava na manifestação em Fortaleza. O ato foi na manhã desta sexta-feira (13) e tanto a PM, quanto a CUT, contaram 500 manifestantes.
Em Salvador, a manifestação, também pela manhã, reuniu 3 mil pessoas, segundo o Sindicato dos Petroleiros. Para a PM, foram 800. Houve discursos em defesa da democracia e aplausos para a presidente Dilma.
Em Maceió, a CUT também defendeu a democracia e a reforma política. Para os sindicalistas, o ato reuniu 3 mil pessoas. A PM diz que foram mil.
Em Campo Grande, os manifestantes levaram crianças para a praça. Pelos cálculos da Polícia Militar, 1,8 mil estavam na manifestação. De acordo com a CUT, havia 10 mil pessoas no protesto.
Em Florianópolis, a faixa erguida pedia a "reforma política para fortalecer a democracia e combater a corrupção". “Agora, nós não aceitamos a violência, não aceitamos o ódio.”, disse um manifestante em um carro de som.
Para a PM, 300 pessoas participaram do protesto em Florianópolis. E para a CUT, foram mil.
Em João Pessoa, 30 sindicatos trabalhistas convocaram o protesto, que segundo a PM, contou com 800 pessoas.
Em Aracajú, foram 3 mil manifestantes, segundo os organizadores. E 700, segundo a PM. Houve passeata pelas ruas da cidade defendendo a Petrobras e pedindo reforma agrária.
Em Brasília, cartazes pediam o fim da corrupção com reforma política. Os manifestantes gritaram palavras de ordem em defesa do governo: "Não vai ter golpe".
Segundo a PM, a manifestação reuniu 1,5 mil pessoas na rodoviária. Para os organizadores, eram 5 mil.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, houve protestos de manhã e à tarde. Começou logo cedo, com uma caminhada em defesa da Petrobras, pela Rodovia Fernão Dias até a porta da refinaria Gabriel Passos, em Betim. À tarde, o encontro foi na Praça Afonso Arinos, no centro de Belo Horizonte. Participaram do protesto 10 mil pessoas, segundo os organizadores, e 1,2 mil, segundo a PM.
No Rio de Janeiro, segundo a PM, mais de mil pessoas participaram do ato, na Cinelândia, no centro da cidade. "Nós precisamos fazer a defesa clara da nossa conquista democrática.", disse uma mulher em um caminhão de som.
O Sindicato dos Petroleiros informou que deu uma ajuda de custos, para os militantes, para gastos com alimentação.
Em São Paulo, a concentração começou no início da tarde, na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Petrobras. Eles exibiram faixas dizendo que corrupção se combate com reforma política, em defesa da Petrobras e em apoio à presidente Dilma.
A CUT forneceu transporte para parte dos manifestantes. No caminhão de som, líderes de centrais sindicais e do MST se revezaram nos discursos e explicaram os motivos da manifestação.
“Pelos direitos dos trabalhadores, pela democracia, contra qualquer tipo de retrocesso, em defesa da Petrobras como empresa pública.”, disse Vagner de Freitas, presidente da CUT.
“Esse manifesto não é nem contra nem a favor o governo Dilma. Esse manifesto é em defesa de uma reforma política nesse país. Se nós quisermos combater a corrupção é preciso, no mínimo, estabelecer formas de participação popular.”, disse Gilmar Mauro, coordenador nacional do MST.
A CUT forneceu transporte para parte dos manifestantes. No caminhão de som, líderes de centrais sindicais e do MST se revezaram nos discursos e explicaram os motivos da manifestação.
“Pelos direitos dos trabalhadores, pela democracia, contra qualquer tipo de retrocesso, em defesa da Petrobras como empresa pública.”, disse Vagner de Freitas, presidente da CUT.
“Esse manifesto não é nem contra nem a favor o governo Dilma. Esse manifesto é em defesa de uma reforma política nesse país. Se nós quisermos combater a corrupção é preciso, no mínimo, estabelecer formas de participação popular.”, disse Gilmar Mauro, coordenador nacional do MST.
Depois dos discursos em frente ao prédio da Petrobras, os manifestantes caminharam alguns metros pela Avenida Paulista, totalmente interrompida, até o Masp para se encontrar com professores que estão em campanha salarial. O protesto aumentou. Pelas contas da Polícia Militar, 12 mil pessoas participaram. Já a CUT disse que 100 mil pessoas estiveram na manifestação. A passeata desceu a rua da Consolação e terminou na Praça da República, no centro da cidade.
Governo e oposição acompanham as manifestações
Políticos do governo e da oposição acompanharam as manifestações desta sexta-feira (13). O líder da oposição no senado, Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, afirmou que os atos não mobilizaram o país.
“É inevitável constatar que houve um fracasso de público, mostra que a impopularidade do governo está no fundo do poço, mas é muito bom para democracia esse confronto de posições divergentes de forma pacífica, legitima, democrática, faz bem ao país, ajuda a conscientizar, politizar, amadurecer politicamente, não é?”, disse o senador Álvaro Dias, do PSDB-PR.
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, destacou o direito da população se manifestar.
“Tem um lado bonito das manifestações que é a conquista da democracia. É o direito de se manifestar, de se organizar, de protestar, de reivindicar. Isso é vitalidade. Não tem que ser visto com inquietação. O que não pode é ter violência, não pode ter radicalismos, não pode ter intransigências, não pode ter uma cultura golpista. Porque a democracia não é só o direito de se manifestar.”, disse Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil.
Fonte: G1