sexta-feira, 25 de abril de 2014

"O veneno está na mesa 2" mostra alternativas para alimentação saudável

Por Camila Nobrega e Rogério Daflon
Da Campanha Contra os Agrotóxicos

A cada 90 minutos, alguém é envenenado por um agrotóxico no Brasil. O filme "O veneno está na mesa 2" traz à tona uma encruzilhada. Para o diretor do documentário, Silvio Tendler - que tem no currículo trabalhos como "Jango" e "Cidadão do mundo",  sobre Josué de Castro - está mais do que na hora de o pais fazer uma escolha entre dois caminhos: uma alimentação saudável fruto de uma agricultura familiar ou um modelo com base no agronegócio calcado no trinômio monocultura, baixa empregabilidade e agrotóxicos.

"Eu comecei a entender o peso da alimentação na vida das pessoas quando soube que tenho diabetes. A partir daí, me dei conta de como a comida pode levar doenças às pessoas. O  filme "O veneno está na mesa 1"  foi um alerta, mas o de agora traz uma alternativa. Ele te leva a escolher em que mundo você quer viver.  É agora ou nunca mais."

Em sessão lotada por mais de 600 pessoas no Teatro Casa Grande, no Rio, nesta quarta-feira (16/4), o documentário de Tendler foi exibido pela primeira vez. A sessão foi dedicada às 5000 vítimas do despejo ocorrido no terreno da empresa Oi, no dia 11 abril, e que até hoje estão sem moradia. Antes do debate pós-filme, o diretor foi aplaudido de pé.
O longa suscitou uma ótima discussão inspirada em cenas registradas em diferentes cidades brasileiras, onde a agricultura familiar tem sido pressionada em seu território e seus modos de vida pelo agronegócio.
Há situacões tão conflitantes que beiram o absurdo, como aviões de empresas pulverizando suas plantações e, ao mesmo tempo, lançando agrotóxicos em escolas e em culturas de pequenos produtores que não usam nenhum tipo de veneno.

Um dos relatos do documentário é o de uma agricultora que teve um quadro grave de depressão que, ao que tudo indica, foi provocado pelo excesso de exposição a agrotóxicos em longo prazo.
O que mais assusta, porém, é exatamente o fato de que não se trata de um caso isolado. Existe um grande problema de subnotificação de contaminações por este tipo de substância, mas, aos poucos, cada vez médicos diagnosticam mais casos de   intoxicações e até câncer entre os trabalhadores do campo.

Luiz Cláudio Meirelles, da Fiocruz, que participou de debate logo após a exibição, lembrou que, recentemente, a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária liberou o uso de dois novos insumos químicos já banidos de outros países. No total, as megaplantações brasileiras contam com 14 tipos de agrotóxicos proibidos em outras nações.

A batalha contra os produtos químicos na agricultura, que conta com mais de 80 entidades da sociedade civil na Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, tem adversários de grande peso econômico e político.

Por um lado, desde a década de 1960, com a chegada da Revolução Verde ao Brasil e seu pacote tecnológico que aparelhou e endividou pequenos agricultores, a produção de alimentos foi cada vez mais inserida na lógica do capital internacional, calcada também no monopólio.

Para se ter uma ideia, no Brasil, há 130 empresas que comercializam sementes modificadas e agrotóxicos, sendo que seis delas - Monsanto, Dow, Bayer, Basf, Syngenta e Dupont - controlam 68% do mercado. A concentração torna a vida dos agricultores familiares cada vez mais difícil.

Além disso, no campo político o direito dos grandes latifundiários também fica assegurado. 120 deputados federais defendem os interesses de grandes fazendeiros - cerca de 40 mil pessoas - no Congresso Nacional. Enquanto isso, aproximadamente 10 parlamentares representam mais de 12 milhões de pessoas que dependem da agricultura familiar e garantem os alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.

Entrevistado no filme, o colombiano Miguel Altieri ressalta que a maior parte da produção agrícola de grandes empresas é para exportação. "A monocultura produz apenas 30% dos alimentos que comemos. A agricultura camponesa é responsável por 70%. Precisamos dar mais atenção a ela."

Diferentemente do primeiro volume do "Veneno está na mesa", nesta nova produção o cineasta aborda não apenas o impacto da agricultura convencional na vida dos brasileiros, mas vai além e mostra alternativas dentro da agricultura familiar que já estão em curso no território brasileiro, como o cultivo orgânico, a agroecologia e os sistemas agroflorestais.

No Rio de Janeiro, por exemplo, há um circuito de feiras - orgânicas, agroecológicas e da roça - onde as pessoas podem buscar alimentos mais saudáveis e produzidos de forma mais justa também para os trabalhadores do campo, ampliando os meios de comercialização, aproximando produtor e consumidor e reduzindo os circuitos de distribuição dos alimentos.

Mas a transição no Brasil tem sido difícil. O que está em disputa são modelos econômicos bem distintos. Um caso que ilustra isso é o da Chapada do Apodi, no Rio Grande do Norte, onde, segundo dados do filme, 13 mil hectares foram desapropriados por decreto da presidente Dilma Rousseff em prol do agronegócio, em detrimento da produção agroecológica da qual sobrevivem milhares de famílias.

Pela forma como atua no território, em total desrespeito às populações, este modelo de desenvolvimento, cujos tentáculos aparecem não apenas na agricultura, está em xeque. O momento é o do conflito e não se pode deixar de tomar partido nesse caso. Comer também é um ato político.

CPT lança relatório Conflitos no Campo Brasil 2013

Da Página da CPT

No dia 28 de abril, próxima segunda-feira, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançará sua publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2013. É a 29ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, neles inclusos os indígenas, quilombolas e outros povos tradicionais.
O lançamento se realizará na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, a partir das 14h00.

Estarão presentes ao lançamento o presidente da CPT, Dom Enemésio Lazzaris, os membros da coordenação executiva nacional da CPT, o secretário da coordenação nacional da CPT, Antônio Canuto, representantes da CNBB e o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos Walter Porto-Gonçalves.
Dona Raimunda, posseira da Gleba Tauá, em Campos Lindos (TO), ameaçada de morte por fazendeiros e empresários que se dizem donos das terras, também irá participar do evento.

A ofensiva contra os indígenas


O relatório destaca o número de assassinatos em conflitos no campo, 34, dois a menos que no ano anterior, quando foi registrado o assassinato de 36 pessoas. O que chama a atenção em 2013 é que 15 dos 34 assassinatos registrados são de indígenas.
São também indígenas 10 das 15 vítimas de tentativas de assassinato, e 33 das 241 pessoas ameaçadas de morte. Em nenhum outro período desta publicação se tem registro semelhante.

Outro destaque de 2013 é o crescimento expressivo do número de conflitos pela água. 32% a mais que em 2012.

Amazônia: principal palco dos conflitos

A Amazônia continua o principal local em que ocorrem conflitos. Nela se concentram 20 dos 34 assassina­tos, 174 das 241 pessoas ameaçadas de morte, 63 dos 143 presos, e 129 dos 243 agredidos.
Das Po­pulações Tradicionais que, em 2013 foram vítimas de algum tipo de violência, 55% se localizavam na região.

Torturador na ditadura, coronel Paulo Malhães é encontrado morto no RJ

Militar teria sido assassinado no sítio em que reside, em Nova Iguaçu

Torturador na ditadura, coronel Paulo Malhães é encontrado morto no RJ MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO CONTEÚDO

Coronel foi encontrado morto em sua casa, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro Foto: MARCOS ARCOVERDE / ESTADÃO CONTEÚDO

Um mês após revelar ao país que matou, torturou e ocultou cadáveres de presos políticos durante a ditadura, o coronel reformado do Exército Paulo Malhães, 76 anos, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira, no sítio em que morava, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

Leia mais
Segundo a Polícia Civil, o corpo apresentava sinais de asfixia. A mulher do coronel reformado, Cristina Batista Malhães, afirmou que três homens teriam invadido o sítio na noite de quinta-feira, 24.

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Nilson Mariano, sobre Paulo Malhães: "A testemunha silenciada"
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Morte de coronel Paulo Malhães pode ser queima de arquivoComissão da Verdade pede que PF acompanhe apuração da morte de MalhãesCoronel que admitiu matar e esconder cadáveres durante regime militar ensinou tortura no Rio Grande do Sul

— Quantas pessoas o senhor matou?
— Tantas quantas foram necessárias?

O diálogo travado entre o ex-ministro José Carlos Dias e o coronel reformado Paulo Malhães ocorreu no dia 25 de março, durante o depoimento do militar à Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Malhães estarreceu o país com suas revelações. Em pouco mais de duas horas de depoimento, o coronel respondeu às perguntas com frieza e sem demonstrar arrependimento.
No dia 21 de março, quatro dias antes de falar à CNV, o militar também havia declarado à Comissão da Verdade do Rio de Janeiro que jogara os restos mortais do ex-deputado Rubens Paiva no mar fluminense, depois de os desenterrar de uma praia, onde fora sepultado clandestinamente em 1971.
Mas Malhães voltou atrás no depoimento à CNV. Negou que tivesse escondido o corpo de Rubens Paiva e disse que sustentou a versão apenas para conformar a família do parlamentar.
Logo após a notícia da morte do militar, suspeitas de queima de arquivo começaram vir à tona. Pelo Twitter, a ex-ministra dos Direitos Humanos, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), disse que "soa estranho que após essas revelações o militar tenha sido assassinado". O presidente da Comissão Estadual da Verdade (CEV) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, também disse acreditar na hipótese de queima de arquivo e defendeu "rigor nas investigações".

— Ele foi um agente importante da repressão política na época da ditadura e era detentor de muitas informações sobre fatos que ocorreram nos bastidores naquela época.
Malhães foi agente do Centro de Informações do Exército (CIE) e chegou a ensinar técnicas de tortura a repressores gaúchos. Ele também foi um dos agentes mais ativos da chamada Casa da Morte de Petrópolis, um centro clandestino mantido pelo regime militar no início da década de 1970.

O depoimento de Malhães à CNV:
 
Fonte: ZERO HORA, COM AGÊNCIAS

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Repercute aprovação do Marco Civil da Internet





A importância da aprovação do Marco Civil da Internet no Senado Federal ganhou registro do deputado Odacy Amorim, do PT, nesta quarta (23 de abril).

O petista ressaltou a coragem e a determinação de Dilma Rousseff, que já sancionou a matéria. Ele registrou que a presidente se empenhou pessoalmente no processo para criar limites ao uso de bancos de dados na rede mundial de computadores.

Na opinião do parlamentar, a medida é importante para preservar o direito à privacidade das pessoas. Odacy destacou que o Governo do Brasil foi o primeiro a repudiar as denúncias de espionagem internacional na web.
O petista afirmou que não se trata de uma medida de retaliação a outras nações, mas importante para proteger os interesses nacionais. (A.M.)


 Fonte: ALEPE

Dilma Rousseff sanciona Marco Civil da Internet durante o evento Netmundial


Na manhã desta quarta-feira (23), no dia seguinte à aprovação do Marco Civil da Internet pelo Senado, a presidente Dilma Rousseff sancionou o projeto de lei durante um evento em São Paulo. A sanção foi feita pouco antes da cerimônia de abertura do evento Netmundial, realizado até quinta-feira (24) em São Paulo.
Dilma Rousseff sanciona Marco Civil da Internet durante o evento Netmundial
 



aprovação do projeto foi agilizada justamente para que pudesse ser apresentado já como lei durante o evento internacional, que aborda a governança da internet. Agora é necessário esperar a publicação do marco no "Diário Oficial", para saber quando ele entra em vigor.

Dilma agradeceu ao deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do Marco Civil, e também aos responsáveis pela aprovação do projeto em "tempo recorde". Durante a votação da matéria na terça, diversos senadores reclamaram da pressa para aprovação e pediram mais tempo para a análise e possíveis alterações na proposta.
Por  Juliana Carpanez do UOL, em São Paulo

O que é Marco Civil da Internet?

É uma iniciativa legislativa, surgida no final de 2009, para regular o uso da Internet no Brasil, por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede, bem como da determinação de diretrizes para a atuação do Estado. Aprovado na Câmara dos deputados em 25 de março de 2014, o projeto de lei está submetido à votação do senado federal.

A ideia do projeto, surgida em 2007, foi adotada pelo governo federal em função da resistência social ao projeto de lei de cibercrimes conhecido como Lei Azeredo, muito criticado sob a alcunha de AI-5 Digital.

Após ser desenvolvido colaborativamente em um debate aberto por meio de um blog, em 2011 o Marco Civil foi apresentado como um Projeto de Lei do Poder Executivo à Câmara dos Deputados, sob o número PL 2126/2011. No Senado, desde 26 de março de 2014 o projeto tramita sob o número PLC 21 de 2014.

O texto do projeto trata de temas como neutralidade da rede, privacidade, retenção de dados a função social que a rede precisará cumprir, especialmente garantir a liberdade de expressão e a transmissão de conhecimento, além de impor obrigações de responsabilidade civil aos usuários e provedores.

 Origem: Wikipédia

Senado aprova Marco Civil da Internet

Projeto já foi aprovado pela Câmara e seguirá para sanção presidencial.Governo barrou todas as mudanças propostas para acelerar a aprovação.
 
O plenário do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (22) o projeto de lei que institui o Marco Civil da Internet, considerado uma espécie de Constituição para uso da rede no país. O texto, que foi aprovado no mês passado pela Câmara dos Deputados, não sofreu alteração de conteúdo pelos senadores e seguirá agora para sanção da presidente da República.

O projeto, que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para internautas e provedores, tramitou por menos de um mês no Senado. A pedido do Palácio do Planalto, os senadores aliados barraram as propostas de alteração sugeridas. Se isso ocorresse, o texto teria que retornar para análise dos deputados, o que adiaria a aprovação.

O governo tinha pressa em aprovar a matéria devido à conferência internacional sobre governança na internet, que será realizada em São Paulo nesta semana. A presidente Dilma Rousseff vai participar do evento nesta quarta e quer levar o Marco Civil como uma das respostas do seu governo às denúncias de que autoridades e empresas brasileiras teriam sido espionadas pela NSA, agência de inteligência dos Estados Unidos.

O projeto, porém, não é recente. Foi enviado em 2011 pelo Executivo à Câmara dos Deputados e só aprovado em 25 de março deste ano após intensa negociação entre parlamentares e Planalto. A chamada neutralidade de rede, princípio considerado um dos pilares do projeto, foi aprovada e passará a vigorar com a sanção da nova lei.

O armazenamento de dados no Brasil, que era considerado uma prioridade para o governo com objetivo de coibir atos de espionagem, não foi aprovado. Essa obrigação já havia sido derrubada pelos deputados para viabilizar a aprovação na Câmara (veja regras abaixo).
 

No plenário do Senado, a aprovação só foi possível porque os senadores aprovaram um requerimento de inversão de pauta, o que levou o projeto ao primeiro item a ser votado nesta noite. Governistas tentaram acordo com a oposição para dar urgência ao projeto, mas não conseguiram consenso com PSDB e DEM.

A oposição não foi contrária ao Marco Civil da forma como está, mas alegou que o Senado poderia "aperfeiçoar" o texto, segundo afirmou o líder do DEM, José Agripino (RN). "Eu quero só um mês para desatar alguns nós desse Marco Civil da Internet", apelou.

O líder do PSDB, Aloysio Nunes (SP), disse que os senadores têm "um papel a cumprir" na elaboração do projeto e criticou a pressa do governo. "Existe uma disposição do governo de não aceitar nenhuma emenda, estamos proibidos de fazer emenda e, se fizermos, será apenas para constar. Essa é uma atitude autoritária da presidente da República", criticou.

Por outro lado, a ex-ministra da Casa Civil senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) negou "encaminhamento autoritário". "Há tão somente uma matéria importantíssima em pauta", rebateu. "Temos um grande evento acontecendo no Brasil, e é importante que tenhamos uma resposta concreta para regular a internet", afirmou a petista.
  Neutralidade

Aprovada junto no projeto, a neutralidade de rede pressupõe que os provedores não podem ofertar conexões diferenciadas, por exemplo, para acesso somente a emails, vídeos ou redes sociais. O texto estabelece que esse princípio será ainda regulamentado pelo Poder Executivo, para detalhar como será aplicado e quais serão as exceções.
Isso será feito após consulta à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Comitê Gestor da Internet (CGI). As exceções servirão para garantir prioridade a "serviços de emergência".
Críticos da neutralidade dizem que o princípio restringe a liberdade dos provedores para oferecer conexões diferenciadas conforme demandas específicas de clientes e que sua aplicação obrigatória pode encarecer o serviço para todos indistintamente. A proposta não impede a oferta de pacotes com velocidade diferenciada.
 
Retirada de conteúdo

De acordo com o projeto, provedores de conexão à web e aplicações na internet não serão responsabilizados pelo uso que os internautas fizerem da rede e por publicações feitas por terceiros.
Atualmente não há regras específicas sobre o caso e as decisões judiciais variam - alguns juízes punem sites como o Facebook e Google por páginas ofensivas criadas por usuários, enquanto outros magistrados optam por penalizar apenas o responsável pelo conteúdo.
De acordo com a nova legislação, as entidades que oferecem conteúdo e aplicações só serão responsabilizadas por danos gerados por terceiros se não acatarem ordem judicial exigindo a retirada dessas publicações. O objetivo da norma, segundo o deputado Alessandro Molon, relator do projeto, é fortalecer a liberdade de expressão na web e acabar com o que chama de "censura privada".

Fim do marketing dirigido

Pelo texto aprovado, as empresas de acesso não poderão "espiar" o conteúdo das informações trocadas pelos usuários na rede. Há interesse em fazer isso com fins comerciais, como para publicidade, nos moldes do que Facebook e Google fazem para enviar anúncios aos seus usuários de acordo com as mensagens que trocam.

Essas normas não permitirão, por exemplo, a formação de bases de clientes para marketing dirigido, segundo Molon. Será proibido monitorar, filtrar, analisar ou fiscalizar o conteúdo dos pacotes, salvo em hipóteses previstas por lei.
 
Sigilo e privacidade

O sigilo das comunicações dos usuários da internet não pode ser violado. Provedores de acesso à internet serão obrigados a guardar os registros das horas de acesso e do fim da conexão dos usuários pelo prazo de seis meses, mas isso deve ser feito em ambiente controlado.
A responsabilidade por esse controle não deverá ser delegada a outras empresas.
Não fica autorizado o registro das páginas e do conteúdo acessado pelo internauta. A coleta, o uso e o armazenamento de dados pessoais pelas empresas só poderão ocorrer desde que especificados nos contratos e caso não sejam vedados pela legislação.

Por Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
 
 

Gás metano produzido por vacas é usado para abastecer veículos

SÃO PAULO - A primeira experiência para aproveitar a energia do gás metano produzida por bovinos foi colocada em prática.

Cientistas argentinos desenvolveram uma espécie de mochila para ser acoplada nas costas das vacas com capacidade para armazenar até 300 litros de metano.

Um tubo é inserido no aparelho digestivo de vaca para coletar o gás, que depois é convertido em energia.

A inovação poderia solucionar o problema da dependência do petróleo e ao mesmo tempo ajudar a reduzir a contaminação gerada pelas vacas durante a digestão.

As emissões associadas à pecuária representam 14,5% das as emissões de origem humana. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), 18% dos gases de efeito estufa são emitidos por bovinos.Em um dia, uma vaca contamina o mesmo que um carro que percorre 60 quilômetros, segundo a FAO.




Mochina acoplada nas costas da vaca coleta gás metano diretamente do intestino.


 Tração animal. Cada animal emite por ano 4,8 toneladas de gás metano, o mesmo liberado anualmente por uma caminhonete com tração nas quatro rodas.


A iniciativa dos cientistas argentinos tem por objetivo encontrar uma alternativa para reduzir a emissão de gás de efeito estufa e ao mesmo tempo desenvolver uma forma de aproveitamento sustentável dessa energia que hoje é liberada na atmosfera.

O sistema está sendo desenvolvido pelo Instituto Nacional da Argentina de Tecnologia Agropecuária (INTA), na periferia de Buenos Aires. Uma vaca de 550 kg poderia produzir de 800 a 1 mil litros de gás metano por dia.

Cientistas argentinos desenvolveram tecnonogia para aproveitar o gás metano de bovinos que tem efeito estufa na atmosfera do planeta



Link permanente da imagem incorporadaUma mochila cheia de gás metano produzido por uma vaca seria suficiente para movimentar um motor de um veículo por 24 horas.

Emissões bovinas. As vacas são de longe as maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, contribuindo com cerca de 25% de todo o metano produzido no planeta.

Os pesquisadores responsáveis pelo projeto dizem que no futuro as fazendas podem vir a ser totalmente autossuficientes em termos energéticos com o aproveitamento do gás metano produzido por apenas duas vacas.

Como um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, com cerca de 55 milhões de cabeças de gado, 30% das emissões totais de gases de efeito estufa na Argentina são lançados na atmosfera pelos bovinos.

Os cientistas estão trabalhando para desenvolver novas dietas para vacas que para facilitar a digestão e reduzir as emissões de gases.

Na TV, Padilha diz que governo tucano não está ‘à altura’ de SP

Um dos comerciais do PT de São Paulo que vão ao ar a partir desta quarta-feira (23) mostra o pré-candidato do partido ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, caminhando sobre o solo seco e rachado do reservatório de água do sistema Cantareira e dizendo que falta ao Estado “um governo à altura dos paulistas”.

https://www.youtube.com/watch?v=pL5l1JqKmUQ


A peça publicitária explora a crise de água, conforma a Folha antecipou no último domingo, para que o ex-ministro da Saúde insista na tecla que mais tem batido na pré-campanha: a de que o governo Geraldo Alckmin falha no planejamento.
Tanto a opção pelo tema da gestão quanto o discurso de enaltecer o orgulho paulista são ferramentas novas no arsenal petista. Até a campanha de 2010, os candidatos do partido em São Paulo insistiam em criticar as privatizações e concessões (caso das estradas e da crítica ao preço dos pedágios) e em dizer que o Estado precisava adotar o que foi feito ”no resto do Brasil”, numa alusão ao governo Lula.
A equipe de Padilha detectou que a opção por atrelar a campanha paulista à nacional não é eficiente num Estado pujante economicamente e com as características socioeconômicas de São Paulo. Também não funcionaria no interior, onde Alckmin é forte e o PT sofre grande rejeição.
A linha de publicidade da campanha será, por isso, focada em mostrar o dinamismo de São Paulo, as inovações do Estado, a diversidade social e econômica e tentar mostrar que o governo do Estado não trabalha no mesmo ritmo –daí a opção pelo termo não estar “à altura” de São Paulo, que soa até um tanto elitista para o léxico tradicional do PT.
No filme, Padilha compara o sistema Billings (que opera com capacidade alta) ao Cantareira (que tem registrado níveis abaixo dos 13% de sua capacidade) para dizer que o problema não é de falta de água, mas de planejamento.

Em outro comercial, que vai ao ar na sexta-feira, o petista recicla imagens de mulheres que foram usadas na propaganda nacional de Dilma Rousseff para exortar a militância feminina no PT.
Os filmes foram criados pelo publicitário Maurício Carvalho, designado por João Santana para pilotar o marketing em São Paulo, em parceria com o jornalista Valdemir Garreta, e dirigidos por Lô Politi, também veterana das equipes de Santana.

Por Vera Magalhães Folha de São Paulo 

terça-feira, 22 de abril de 2014

O "filósofo-pegador" da nova direita

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço


Não costumo perder meu tempo lendo o que escreve o filósofo (ai, jesus!) Luiz Felipe Pondé, elevado pela Folha à condição de pensador existencial.

Mas hoje, enquanto cuidava aqui por minha mãe, de volta a uma longa temporada de hospital, tive o descuido de ler sua coluna na Folha, intitulada Por uma direita festiva.

E deparei-me com abjeções em série.

“Ser jovem e liberal é péssimo para pegar mulher. Este é o desafio maior para jovens que não são de esquerda.”
Pegar mulher, sim, senhores.

Uma coisa que se pega, não é?

Aliás, neste sentido primário, não me parece que, a não ser por desinteresse, jovens e liberais, do rei dos camarotes ao funk-ostentação, não têm muita dificuldade em “pegar mulher”…

Mas segui adiante, achando que pudesse ser ironia ou a tentativa de ser um “Macaco Simão” da filosofia.

“Um dos maiores desafios dos jovens que não são de esquerda não é a falta de acesso a bibliografia que seus professores boicotam (o que é verdade), nem a falta de empregos quando formados porque as escolas os boicotam (o que também é verdade), mas sim a falta de mulheres jovens, estudantes, que simpatizem com a posição liberal (como se fala no Brasil) ou de direita (quase um xingamento).”

Ah, estamos vivendo sob uma ditadura marxista, onde os livros do pensamento conservador são censurados e as empresas – verdadeiras células da ditadura do proletariado – discriminam os “jovens que não são de esquerda”. Então, os caríssimos mauricinhos estão, além de privados de livros e empregos, vivem à míngua de companhia feminina…

Para mal dos meus pecados, não era brincadeira ou ironia. Pondé esclarece:

“Vou repetir, porque eu sei que questões altamente filosóficas são difíceis de se entender: o maior desafio para um jovem estudante liberal no Brasil é pegar mulher (no meio universitário e afins), sendo liberal.”
Vejam que primor de explicação ele nos oferece:

“Os cursos em que você encontra jovens liberais (economia, administração de empresas, engenharia e afins) têm muito poucas mulheres e as que têm não têm muito interesse em papo cabeça e política. O celeiro de meninas que curtem papo cabeça e política são cursos como psicologia, letras, ciências sociais, pedagogia e afins, todos de esquerda.”

O cidadão está meio atrasado.

Isso vem mudando faz tempo e, embora ainda sejam minoria na área de Exatas, as mulheres, na maioria destes cursos, estão longe de serem “muito poucas”, como se pode ver no exemplo da USP, registrado na tabela aí ao lado.

“Papo-cabeça”, política, ao que parece, na visão de Pondé, seriam como aqueles “assuntos de mulher” da primeira metade do século 20. Frivolidades, desperdício de tempo. E, ao “pegador”, aconselha ele, “pelo amor de Deus, não fale de economia”. As meninas destetam economia…

Será que é por uma inferioridade cerebral, professor Pondé?

Ao contrário, diz ele, “se você é de esquerda, pegar mulher é a coisa mais fácil do mundo”.

Ele imagina até o cenário da “pegada”: Um pouco de vinho barato, quem sabe, um baseado? Um som legal, uma foto grande do Che (aquele assassino chique) na parede.

Claro, porque, “sem álcool e conversa (…) a humanidade teria desaparecido porque mais da metade das meninas não iam querer transar –principalmente quando descobriram a dor do parto”.

Com toda a sinceridade, por mais que eu esteja acostumado com a mediocridade mental da nossa “nova direita”, não deixo de ficar chocado com estes episódios de selvageria mental explícita.

É algo comum aos Constantinos, Azevedos, ”humoristas”- filhotes do CQC: alcançar a notoriedade pela grosseria e pela – perdoem, mas a palavra é inevitável – escrotidão mental.

Apoio do BNDES a novo porto no Uruguai é criticado por possível prejuízo ao movimento de Rio Grande

Banco brasileiro estaria analisando financiamento para a construção de terminal em Rocha.
Construção de concorrente próximo pode reduzir movimentação em Rio Grande Foto: Alan Bastos / Divulgação
 Construção de concorrente próximo pode reduzir movimentação em Rio Grande
Foto: Alan Bastos / Divulgação

 A construção de um superporto no Uruguai pode levar para as bandas orientais parte da produção escoada hoje no sul e sudeste do Brasil e acarretar prejuízos para o porto de Rio Grande.
O terminal em Rocha, cidade a 84 quilômetros da fronteira com o Estado, pode ser financiado com dinheiro dos brasileiros.

Crescem os rumores do apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à instalação de um porto na localidade.

A participação em obras de infraestrutura no Exterior foi negada pelo presidente da instituição, Luciano Coutinho, no final de março, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mas fontes ligadas à negociação projetam que o apoio poderia chegar a US$ 1 bilhão, conforme publicou O Globo.

Em entrevista ao jornal uruguaio República, em janeiro, o presidente uruguaio, José Mujica, afirmou que o Brasil financiaria 80% do porto, que deve começar a ser construído em 2015.
O percentual equivale ao suposto aporte bilionário do banco. “O Brasil nos deu e nos dará uma grande mão com esse trabalho. O Uruguai não tem a capacidade para financiar isso por si só e depende, por enquanto, de ajuda externa”, disse Mujica à época.

A ideia não foi bem recebida pelo setor de logística. Wilen Mantelli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), teme que os portos do Sul e Sudeste percam relevância e questiona os critérios de auxílio.

— Rio Grande tem condições de se tornar esse superporto. Em vez de investir no Uruguai, o governo deveria direcionar os recursos para melhorar a infraestrutura dentro do Brasil — afirma Mantelli, que diz ter recebido negativa do Planalto para a operação.
Para Ricardo Portella, conselheiro da área de infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), o fato de o governo apostar em empresas brasileiras que executam obras em outros países não é um problema:

— Do ponto de vista financeiro, é compreensível. O que não faz sentido é o governo ajudar, mesmo que indiretamente, a criação de um porto concorrente tão próximo de nós.
Secretário estadual de Infraestrutura e Logística, João Victor Domingues avalia que o Rio Grande do Sul não será prejudicado economicamente com a construção do porto uruguaio e que o apoio do BNDES se justifica porque ajuda o Brasil “a consolidar a posição de liderança na América Latina”.

Apoio a Cuba

Caso seja confirmado o aporte do BNDES para a construção de um porto no Uruguai, essa não seria uma iniciativa inédita do Palácio do Planalto no financiamento a projetos de infraestrutura no Exterior.
Inaugurado no final de janeiro com a presença da presidente Dilma Rousseff, o porto de Mariel, em Cuba, um projeto acalentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi reformado com financiamento brasileiro.

Considerado tão sofisticado quanto os maiores terminais do Caribe, como Jamaica e Bahamas, o porto cubano custou US$ 957 milhões, sendo US$ 682 milhões financiados pelo BNDES com a condição de que o dinheiro emprestado só poderia ser gasto na compra de bens e serviços brasileiros.
Em meio às críticas da oposição de que o investimento não respeitava critérios técnicos e refletia apenas uma aliança ideológica entre os petistas e o governo Castro, o Planalto defendeu a importância estratégica de um terminal de grande porte próximo ao canal do Panamá para escoar a produção brasileira para a Ásia.
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Fonte: Zero Hora, Por Cadu Caldas

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Depois do PMDB, PSD defende chapa 'Aezão'

Atualizado: 21/04/2014 13:49 | Por Julia Duailibi, estadao.com.br

Depois de um jantar com a bancada do PMDB do Rio, o pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, se encontrará com os parlamentares do PSD no Estado. Na semana passada, deputados do PMDB fluminense lançaram a chapa Aezão numa referência ao palanque que reúna Aécio e o governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato do partido ao governo do Rio. Na próxima sexta-feira, está previsto um encontro com os deputados federais e estaduais do PSD, que deve indicar Ronaldo Cézar Coelho como candidato a vice-governador  na chapa de Pezão. O jantar está previsto para ocorrer no apartamento da mãe de Aécio, Inês Neves, em São Conrado.
Enquanto as lideranças locais do PMDB e do PSD defendem a aproximação com Aécio, as direções nacionais dos dois partidos são favoráveis ao apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Petrobras reforça esclarecimentos de Graça Foster sobre compra de refinaria


Da Agência Brasil


A Petrobras divulgou nesta quinta-feira (17) anúncio com um resumo do depoimento prestado pela presidenta da estatal, Graça Foster, sobre a aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. Graça Foster disse na última terça-feira (15), no Senado, que a compra "não foi um bom negócio". Ontem (16), porém, o ex-diretor da Área Internacional da empresa Nestor Cerveró sustentou, na Câmara dos Deputados, que "foi um bom projeto na época".

A nota, publicada na edição impressa de hoje dos principais jornais brasileiros, traz a versão da presidenta da estatal sobre o negócio. Graça Foster explicou que as apurações internas revelam, até o momento, que o grupo belga Astra Oil não comprou a refinaria por apenas US$ 42,5 milhões e sim por cerca de US$ 360 milhões, reitera o comunicado.

"A presidenta apresentou a cronologia das negociações entre a Petrobras e a Astra", relembra a nota. Na ocasião, Graça Foster disse que o Conselho de Administração da Petrobras aprovou, em 2006, a compra de 50% de participação em Pasadena, por US$ 359 milhões, sem ter acesso a cláusulas e a informações sobre a obrigatoriedade e intenção de se comprar os 50% remanescentes.

O informe também justifica que as alterações no cenário econômico e no mercado de petróleo diminuíram as margens de refino e do consumo de derivados, o que fez com que a empresa, também por conta da descoberta do pré-sal, revisse suas prioridades. "Assim, o negócio originalmente concebido transformou-se em um empreendimento de baixo retorno sobre o capital investido", afirma a empresa.

Em depoimento na Câmara, Nestor Cerveró defendeu a compra e ressaltou que não se pode saber se a rentabilidade que o projeto tinha na época seria atingida nos dias de hoje. Cerveró dusse que faria, hoje, o mesmo resumo executivo que fez, desde que as condições fossem as mesmas.

Após garantir que colabora com órgãos de controle como Tribunal de Contas da União, Controladoria-Geral da União e Ministério Público nas investigações, a Petrobras afirma na nota que a Comissão Interna de Apuração, criada no dia 24 de março deste ano, deverá concluir os trabalhos em 30 dias.

Astrônomos anunciam descoberta de planeta habitável semelhante à Terra




Da  Agência Brasil


Astrônomos anunciaram a descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar com um tamanho comparável ao da Terra e no qual a água poderá existir em estado líquido, informou hoje (17) a revista norte-americana Science.

"É o primeiro exoplaneta [planeta fora do Sistema Solar] do tamanho da Terra, encontrado na zona habitável de uma outra estrela", ressaltou a astrônoma Elisa Quintana, do Instituto de Pesquisa de Inteligência Extraterrestre, da agência espacial norte-americana (Nasa). Ela integra a equipe internacional que conduziu a investigação.

O planeta, batizado Kepler-186f, orbita a estrela anã Kepler-186 e se localiza na "zona temperada, onde a água pode ser líquida", de acordo com a astrônoma. Essa zona é considerada habitável, uma vez que, segundo os cientistas, a vida – que depende da presença de água – tem mais probabilidade de se desenvolver ali.

O Kepler-186f encontra-se num sistema estelar situado a 490 anos-luz do Sol, com cinco planetas de tamanho próximo ao da Terra. Contudo, só o Kepler-186f está na "zona habitável", os outros estão muito perto da estrela.

Entre os cerca de 1,7 mil exoplanetas já detectados, em 20 anos, duas dezenas estão ao redor da sua estrela na "zona habitável". Todavia, muitos desses planetas são maiores do que a Terra, o que torna difícil verificar se são gasosos ou rochosos. Localizado na Constelação do Cisne, o Kepler-186f está na categoria de planetas rochosos como a Terra, Marte ou Vênus.

Em fevereiro, a Nasa anunciou que o telescópio Kepler tinha detectado 715 novos exoplanetas, quatro deles potencialmente habitáveis, mas 2,5 vezes o tamanho da Terra. A maioria desses novos planetas extrassolares foi identificada nos últimos cinco anos.

O Kepler foi lançado em 2009 para detectar mais de 150 mil estrelas semelhantes ao Sol, localizadas nas constelações do Cisne e da Lira, e encontrar planetas-irmãos da Terra.   

terça-feira, 15 de abril de 2014

Integrantes do MST entregam lista de reivindicações ao governador João Lyra Neto


Da Rádio Jornal

reuniao Lyra MST   
Foto: Handerley Souza / Especial para a Rádio Jornal

Uma comissão formada por 15 representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) foi recebida pelo governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), nesta terça (15). Uma pauta com 21 itens foi entregue, incluindo o apelo pela reforma agrária. Segundo dados oficiais, Pernambuco conta atualmente com 162 acampamentos à espera da distribuição de terras.


O dia foi marcado pelo chamado “Abril Vermelho”, em memória pelo massacre de Eldorado dos Carajás. Integrantes do MST marcharam pela capital pernambucana. A concentração ocorreu na BR-232, no Curado, Zona Oeste do Recife, com destino ao Palácio do Campo das Princesas.
Os organizadores estimam que aproximadamente 2 mil pessoas percorreram trajeto de mais de 12 km. O movimento lembra os 18 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, que aconteceu 1996, no Pará, no qual 21 sem-terra foram mortos, sendo pelo menos 10 deles executados com tiros a queima roupa.
MST se concentram em frente ao Atacado dos Presentes. Foto: Karoline Fernandes/Rádio Jornal
MST partiu da BR-232, no Curado, em frente ao Atacado dos Presentes. Foto: Karoline Fernandes/Rádio Jornal

Por conta da marcha do MST, o tráfego ficou muito complicado em vias importantes do Recife, como a Abdias de Carvalho, Agamenon Magalhães, Conde da Boa Vista e Rua da Aurora. A repórter Karoline Fernandes acompanhou o início da caminhada, também chamada de “Via Crucis” da reforma agrária:

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Ggovernador de Pernambuco João Lyra Neto elogia presidente Dilma em discurso em Suape

Novo governador de Pernambuco agradeceu empenho da petista.


Katherine Coutinho Do G1 PE
A presidente Dilma Rousseff e João Lyra Neto, governador de Pernambuco (Foto: Katherine Coutinho / G1) 
A presidente Dilma Rousseff e João Lyra Neto, governador
de Pernambuco (Foto: Katherine Coutinho / G1)

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto - que assumiu o posto com a renúncia de Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência - não poupou elogios à presidente Dilma Rousseff durante o evento que marcou a viagem inaugural do navio Dragão do Mar, nesta segunda-feira (14), no Estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape, Litoral Sul do estado. A cerimônia contava ainda com um grande número de deputados do PT e aliados e com o pré-candidato ao governo do estado Armando Monteiro Neto (PTB).
“Como governador do estado, em nome do povo pernambucano, quero agradecer o empenho da senhora como ministra, o do presidente Lula e o empenho da senhora como presidente da República. Sempre recebemos a senhora com muito prazer, muita honra, muita alegria. Que a senhora continue essa trajetória de investimento durante o seu governo para que possamos ter mais empregos, mais indústria e acima de tudo melhor qualidade de vida para todos os brasileiros”, afirmou Lyra, que é do PSB, presidido por Campos.
Durante o discurso, o atual governador citou inciativas estaduais, como os investimentos no Porto de Suape e a decisão de preservar quase 60% da vegetação do distrito industrial, mas sem citar o nome do antecessor, Eduardo Campos. Lyra acompanhou a presidente durante a visita ao navio, mas ficava frequentemente mais para trás, deslocado do grupo.
 
Visita presidencial

A presidente chegou perto das 11h, acompanhada da presidente da Petrobras, Graça Foster, do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, além de políticos locais, como o deputado federal João Paulo, pré-candidato do PT-PE  ao Senado, e de Armando Monteiro.
A visita da presidente a Pernambuco ocorre menos de duas semanas após Eduardo Campos entregar carta de renúncia ao governo do estado. O ex-governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva formalizam nesta segunda, em Brasília, a chapa presidencial do PSB ao Planalto.
A entrega do navio acontece no momento em que denúncias envolvendo obras em Suape e na construção da refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, situada no complexo portuário, estão no centro dos pedidos de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso. A presidente fez questão de defender a petroleira em seu discurso. “Como presidenta, mas sobretudo como brasileira, eu defenderei em quaisquer circunstâncias, eu defenderei a Petrobrás. […] Não ouvirei calada a campanha negativa aqueles que, por proveito político, não hesitam em ferir a imagem desta empresa que nosso provo construiu com tanto suor e lágrimas”, disse a presidente.
Navios

Após abastecer com petróleo cru na Bacia de Campos, o Dragão do Mar segue para o Terminal Aquaviário de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Com capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo, o navio é do tipo Suezmax, ou seja, tem as dimensões máximas para passar pelo canal de Suez. Com 274,2 metros de comprimento e 48 metros de largura, a embarcação consumiu 24,5 mil toneladas de aço e contou com aproximadamente 2,5 mil pessoas trabalhando em sua construção.
Também nesta segunda, foi batizado o quarto Suezmax do EAS, ainda em fase ajustes, o navio Henrique Dias, em alusão a um dos heróis negros pernambucanos da luta contra os holandeses na Batalha dos Guararapes. O navio está no cais de acabamento e passa por trabalhos de pintura, interligações de sistemas, primeiros testes antes de seguir para os testes de mar.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

João Lyra Neto toma posse como novo governador de Pernambuco


Do Redator de Plantão
Atualizada às 16h35
Foto: Arquivo
Foto: Arquivo

A cerimônia de posse de João Lyra Neto como governador de Pernambuco acontece na tarde desta sexta-feira (4), na Assembleia Legislativa, na Rua da Aurora. A expectativa é de que o evento dure uma hora e meia, sendo que 30 minutos serão destinados ao discurso.
O socialista tem 67 anos, é casado e pai de três filhas, sendo que uma, Raquel, é deputada estadual. Ele foi eleito deputado estadual uma vez, foi prefeito de Caruaru em duas oportunidades e duas vezes vice de Eduardo Campos.
Como gestor público, João Lyra Neto foi responsável pela transferência da feira de Caruaru para o parque 18 de Maio. Na gestão Eduardo Campos, coordenou a Secretaria de Saúde por 22 meses, sendo responsável pelas UPAs e os novos hospitais.
Empossado, João Lyra Neto passa revista à tropa em frente ao prédio e segue em carro fechado para o palácio do Campo das Princesas.
A transmissão de cargo com a presença de Eduardo Campos será num palco montado nas imediações da Praça da República.
A imprensa nacional deve acompanhar o evento, principalmente para o discurso de Eduardo Campos virtual candidato a presidente. O último ato do socialista como governador será nesta manhã, na missa na Igreja de Casa Forte.
O chefe de cerimonial da Assembleia Legislativa, coronel Franklin Santos detalha o passo a passo do protocolo:
A repórter Simone Santos acompanha a posse do governador João Lyra Neto na Assembleia Legislativa. Vejo como foi a entrada dele na cerimônia, acompanhado pela filha, Raquel Lyra. Seção foi aberta pelo presidente da casa, Guilherme Uchoa.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Lyra toma posse na Alepe na tarde desta sexta (4)

Vice-governador terminará os nove meses da gestão de Campos

por Élida Maria do LeiaJá 

Foto: Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo O vice passará nove meses na gestão estadual O vice passará nove meses na gestão estadual

O vice-governador João Lyra Neto (PSB) assumirá definitivamente à administração estadual de Pernambuco em reunião solene nesta sexta-feira (4). A cerimônia de posse será realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), às 15h30.
Depois da oficialização do cargo público que deverá contar com a presenças de diversas alteridades políticas como o governador e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), deputados e também familiares, Campos passará simbolicamente o cargo de governador a Lyra. O ato será realizado no Palácio do Campo das Princesas, às 17h.