quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Em Caruaru (PE), Dilma nega cortes em investimentos e sinaliza com redução de juros e impostos


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (30), em entrevista a emissoras de rádio em Caruaru (131 km do Recife), que o aumento no superavit primário em R$ 10 bilhões não vai resultar em cortes nos investimentos previstos para 2011. Segundo Dilma, a política econômica adotada pelo Brasil vai reduzir juros e impostos.

“Nós vamos manter todos os investimentos: o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]; o Minha Casa, Minha Vida; as obras da Copa; as barragens, que vamos dar início aqui hoje. Vamos manter também os programas sociais, o Bolsa Família. Esses R$ 10 bilhões decorrem do esforço que fizemos no que se refere à redução no custeio e aumento de receita, que ocorre porque o Brasil está crescendo”, disse.

A presidente afirmou que o aumento da receita será sempre revertido no aumento de investimentos. Para ela, o crescimento econômico do país deve se refletir numa queda de juros e impostos.

“Nós começamos a ter a redução dos juros no Brasil. Isso é importante. O Brasil pratica uma das mais altas taxas de juros do mundo. Nós termos que reagir de dois jeitos. O primeiro é garantir que o Brasil siga crescendo. Nossa maior defesa é o mercado interno. É ele que permite que sejamos um país que conta com sua força, que pode e que vai manter seus empregos e sua economia crescendo. Essa é a melhor resposta à crise”, afirmou.
A presidente ainda complementou, afirmando que “precisamos melhorar as condições em que crescemos”. “A primeira coisa que o Brasil quer é a diminuição de impostos. Nós já começamos [a baixar impostos]. Nós lançamos um programa, o Super Simples, onde juntamos todos os impostos, tornando-os menores para os pequenos empresários. O programa microempreendedor individual garantiu aposentadoria para os trabalhadores autônomos. Ao invés de pagar 11% à previdência, ele paga só 5% e tem direito a aposentadoria e crédito.”
A presidente voltou a defender o mercado interno como forma de combater a crise mundial. “Nosso mercado interno é um dos poucos que crescem no mundo. Com essas medidas [de redução de impostos], nós protegemos a indústria, o que é importantíssimo para o país. Nós vivemos numa situação adversa. Os países desenvolvidos têm mecanismos de defesa que prejudicam o Brasil. Nós precisamos proteger nossa indústria de duas formas. Você faz isso diminuindo impostos e juros. A crise agora tem a mesma raiz de 2008, mas ela é mais contínua lá. Aqui, acreditamos que nosso mercado interno vai proteger a economia”, disse.  Fonte:UOL